quinta-feira, 28 de junho de 2012

Dados biográficos de Alphonsus de Guimaraens


 Fonte bibliográfica:
Melhores Poemas – Alphonsus de Guimaraens – 3ª ed. – seleção de Alphonsus de Guimaraens Filho – direção Edla Van Steen – Editora Global, 1997.

Alphonsus de Guimaraens, pseudônimo literário de Afonso Henriques da Costa Guimarães (que a partir de 1894 passou a assinar-se oficialmente Afonso Henriques de Guimarães), nasceu em Ouro Preto, MG, em 24 de julho de 1870, filho do comerciante português Albino da Costa Guimarães e da sobrinha materna de Bernardo Guimarães (escritor), D. Francisca de Paula Guimarães Alvim.
Fez o estudo secundário e exames preparatórios no Liceu Mineiro, da terra natal. Matriculou-se no Curso Complementar da Escola de Minas de Ouro Preto em 1887, quando já namorava Constança, filha de Bernardo Guimarães. Em 1888 faleceu Constança, em plena adolescência, causando a sua morte grande mágoa ao jovem poeta.
Matriculou-se Alphonsus em 1891 na Faculdade de Direito de São Paulo, transferindo-se em 1893 para a 3ª série do curso de Academia Livre de Direito de Minas Gerais, em Ouro Preto, por onde colou grau a 15 de julho de 1894.
Em 1895 esteve no Rio de Janeiro, quando conviveu com Cruz e Sousa. Ainda nesse ano foi nomeado promotor de Justiça  de Conceição do Serro e, logo após, juiz substituto. Em 1896 ficou noivo de Zenaide, filha do capitão João Alves de Oliveira, escrivão da Coletoria Estadual, casando-se em 20 de fevereiro de 1897.
Em 1903, suprimido o cargo de juiz substituto, assumiu a direção do jornal “Conceição do Serro”. Em 1904 foi de novo nomeado promotor de Justiça da Comarca, deixando a direção do jornal. Em 1906 foi nomeado juiz municipal de Mariana, para onde se transferiu, com a esposa e cinco filhos. Em Mariana lhe nasceram mais dez filhos.
Em 1915 esteve em Belo Horizonte, para encontrar-se com o seu grande amigo Severiano de Resende. Foram os dois poetas homenageados pelos intelectuais belorizontinos.
Em maio de 1921, faleceu sua filhinha Constança, nascida no ano anterior. O Poeta, já combalido, faleceu dois meses depois, a 15 de julho. Sepultado no cemitério da Igreja de Nossa Senhora do Rosário, foram seus despojos transferidos em 1953 para extensa área do Cemitério Municipal, anexo à Igreja de Sant’Ana, onde o Governador Juscelino Kubitschek os fez recolher a um mausoléu, inaugurado oficialmente a 13 de dezembro desse ano, em tocante solenidade, que levou a Mariana autoridades e ilustres escritores brasileiros. Em 1974, o Governador Rondon Pacheco desapropriou a casa em que faleceu o Poeta, para nela ser instalado o Museu Alphonsus de Guimaraens.
Alphonsus de Guimaraens é patrono da Academia Mineira de Letras.