quarta-feira, 29 de junho de 2016

Dados biográficos do escritor Augusto dos Anjos



1884 – 20 de abril: Nasce no Engenho do Pau-d’Arco, perto da Vila do Espírito Santo, Estado da Paraíba, Augusto Carvalho Rodrigues dos Anjos. Foram seus pais o advogado Alexandre Rodrigues dos Anjos e D. Córdula Carvalho Rodrigues dos Anjos, a Sinhá-Mocinha, os quais tiveram vários outros filhos. Depoimento do poeta refere que o pai morreu de paralisia geral e que a mãe era excessivamente nervosa – fórmula eufêmica para designar-lhe mal psicopático maior.

1885 – 27 de fevereiro: É batizado na capela do Engenho Bom-Fim, da vila do Espírito Santo.

1900 – Inicia os estudos de humanidade no Liceu Paraibano, onde enceta seu convívio com o amigo de vida em fora Órris Soares.

1901 – Aparecem suas primeiras composições poéticas como colaboração ao jornal “O Comércio”, da cidade de Paraíba (futura João Pessoa), capital do seu Estado natal.

1903 – Ingressa na Faculdade de Direito do Recife.

1907 – Bacharela-se em Direito, na Faculdade do Recife, tendo como colegas, dentre outros, a Gilberto Amado e Órris Soares.

1907 e 1908 – Anuncia pelos jornais da Paraíba que dá aulas particulares de Humanidades, o que deve constituir o seu ganha-pão regular.

1908 – É nomeado professor interino de Literatura do Liceu Paraibano.

1909 – 13 de maio: Pronuncia uma conferência sobre o instituto da escravidão, no Teatro Santa Rosa, ante o Governador do Estado. É uma das poucas peças suas em prosa.  

1910 – 4 de julho: Casa com D. Ester Fialho, sua conterrânea, de quem haverá, vivos e sobreviventes, dois filhos. Nesse mesmo ano, desavém-se com o Governador do Estado, João Machado, o que acarreta seu afastamento do Liceu Paraibano. – Carta sua datada de 18 de outubro, comunica a uma irmã que chegou com a mulher ao Rio de Janeiro e reside na Avenida Central. No Rio irá morar em seis diferentes casas, sucessivamente, durante os dois anos em que permanecerá na Capital do País.

1911 – 2 de fevereiro: Perde, nascido prematuro, o primeiro filho. Nesse mesmo ano, é nomeado professor interino de Geografia da Escola Normal. E o é igualmente do Internato do Colégio Pedro II, em substituição de João Coelho Lisboa, político paraibano que muito o assistiu nesse período.

1912 – É lançado o volume “Eu”, de suas poesias, em edição particular, de cujas custas participa, além do poeta, seu irmão Odilon. Dedicatória num exemplar à sua irmã D. Iaiá é de 12 de junho. Nascimento de sua filha Glória.

1913 – Nascimento de seu filho Guilherme.

1914 – 1 de julho: Nomeado diretor do Grupo Escolar Ribeiro Junqueira, de Leopoldina, Estado de Minas Gerais. A 22 do mesmo mês e ano chega a essa cidade mineira e a 25 assume a direção do grupo. Aos 31 de outubro do mesmo ano, é acometido de forte gripe, que se alonga por 12 dias, ao cabo dos quais, no dia 12 de novembro, morre.

1920 – Aparecem, na Paraíba, “Eu e Outras Poesias”, seja o volume de poesia publicado em vida pelo próprio poeta, acrescido de outras, coligidas por Órris Soares, que prepara e prefacia a edição.

1928 – Ainda por interferência de Órris Soares, a Livraria Castilho, do Rio, edita a 3ª edição. Sem data, posteriormente, a Companhia Editora Nacional, de São Paulo, edita o que chama de 4ª edição. Nesta altura o livro já está pela 26ª edição, sendo editor Bedeschi, do Rio de Janeiro.

Fonte bibliográfica: Augusto dos Anjos – Poesia. Por Antonio Houaiss. 2ª edição. Coleção Nossos Clássicos. Direção de Alceu Amoroso Lima, Roberto Alvim Correa e Jorge de Sena. Livraria Agir Editora, Rio de Janeiro, 1968.  

domingo, 26 de junho de 2016

Poesia de Gonçalves de Magalhães

Invocação ao Anjo da Poesia

A voz de minha alma

Quando da noite o véu caliginoso
Do mundo me separa,
E da terra os limites encobrindo,
Vagar deixa minha alma no infinito,
Como um sutil vapor no aéreo espaço;
Uma angélica voz misteriosa
Em torno de mim soa,
Como o som de uma flauta harmoniosa,
Que em sagradas abóbadas reboa.

Donde vem esta voz? – Não é de virgem,
Que ao prazo dado o bem-amado aguarda,
E mavioso canto ao céu envia:
Esta voz tem mais grata melodia!
Donde vem esta voz? – Não é dos Anjos,
Que leves no ar adejam,
E com hinos alegres festejam,
Quando uma alma inocente
Deixa do barro a habitação escura,
E na sidérea altura,
Como um astro fulgente
Penetra de Adonai o aposento;
A voz que escuto tem mais triste acento.

Como d’ara turícrema se exalça
Nuvem de grato aroma que a circunda,
E lenta vai subindo
Em faixas ondeantes,
Nos ares espargindo
Partículas fragrantes,
E sobe, e sobe, até no céu perder-se,
Tal de mim esta voz parece erguer-se.

Sim, esta voz do peito meu se exala!
Esta voz é minha alma que se espraia,
É minha alma que geme e que murmura,
Como um órgão no templo solitário;
Minha alma, que o infinito só procura,
E em suspiros de amor a seu Deus se ala.

Como surdo até hoje
Fui eu tão angélica harmonia?
Porventura minha alma muda esteve?
Ou foram porventura meus ouvidos
Até hoje rebeldes?
Perdoa-me, oh meu Deus, eu não sabia!
Eram Anjos do céu que me inspiravam,
E outras vozes meus lábios modulavam.

Castas Virgens da Grécia,
Que os sacros bosques habitais do Pindo!
Oh Numes tão fagueiros,
Que o berço me embalastes
Com risos lisonjeiros,
Assaz a infância minha fascinastes.
Guardai os louros vossos,
Guardai-os, sim, qu’eu hoje os renuncio.

Adeus, ficções de Homero!
Deixai, deixai minha alma
Em seus novos delírios engolfar-se.
Sonhar co’as terras do seu pátrio Rio.
Só de suspiros coroar-me quero,
De saudades, de ramos de cipreste;
Só quero suspirar, gemer só quero.
E um cântico formar co’os meus suspiros.
Assim pela aura matinal vibrado
O Anemocórdio, ao ramo pendurado,
Em cada corda geme,
E a selva peja de harmonia estreme.

Já nova Musa
Meu canto inspira;
Não mais empunho
Profana Lira.

Minha alma imita
A Natureza;
Quem vencer pode
Sua beleza?

De dia, e noite
Louva o Senhor;
Canta os prodígios
Do Criador.

Tu não escutas
Essa harmonia,
Que ao trono excelso
A terra envia?

Tu não reparas
Como o mar geme,
Como entre as folhas
O vento freme?

Como a ave chora,
A ovelha muge,
O trovão brama,
O leão ruge?

Cada qual canta
Ao seu teor;
Mas louvam todos
O seu autor.

Da grande orquestra
Aumente o brilho
O canto humano,
Da razão filho.

Minha alma aprende,
Louva a teu Deus;
Os teus suspiros
Envia aos céus.

Oh como é belo o céu azul sem nódoa!
Que puro amor nos corações ateia;
Como a pupila de engraçada virgem,
Que serena nos olha, e nos enleia.

Mas que imagem sublime a mim se antolha,
Com largas asas brancas como o cisne,
E roçagante toga, que se ondeia,
Como flocos de neve alabastrina!

Uma harpa de ouro em suas mãos sustenta!
Oh que voz suavíssima e divina!
Oh que voz, que as paixões n’alma adormenta!

Vem, oh Gênio do céu filho!
Vem, oh Anjo d’harmonia!
Cuja voz é mais suave,
Mais fragrante que a ambrosia!

Teu rosto vence em beleza
Ao sol no zênite luzente;
Teu largo manto é mais puro
Do que a lua alvinitente.

As asas que te suspendem,
São mais ligeiras que o vento;
São mais terríveis que os raios,
Que giram no firmamento.

Tua fronte não se adorna
Com flores que o prado gera;
Sobre teus cabelos de ouro
Brilha de fogo uma esfera.

Teus pés a terra não tocam,
A teus pés a terra é dura;
Sobre aromas te equilibras,
Recendentes de frescura.

O sol, a lua, as estrelas
São fanais que te iluminam,
São corpos a quem dás vida,
E ante teus passos se inclinam.

Os acordes de tua harpa
Todos os astros ecoam;
Reanima-se o Universo,
Quando as suas cordas soam.

Vem, oh Anjo, ungir meus lábios;
Traze-me uma harpa dos céus;
Ao som dela subir quero
Meus suspiros até Deus!

Quando no Oriente roxear a aurora,
Como um purpúreo, auribordado manto,
Que ao Rei da luz o pavilhão decora,
E as saltitantes aves pelos ramos
Da madrugada o hino gorjearem,
Tua voz oh minha alma, une a seu canto,
E as graças do Senhor cantando exora.

Quando a noite envolver a Natureza
Em tenebroso crepe; e sobre a terra
As asas desdobrar morno silêncio;
Nessas plácidas horas de repouso,
Em que tudo descansa, exceto o Oceano,
Que arqueja, e espuma em solitária praia,
Vizinhos ermos com seus ais pejando,
Como um preso que geme, e que debalde
Da prisão contra os muros se arremessa;
Tu também, como a lua, vigilante
Nessas propícias horas, oh minha alma,
Tua voz gemebunda exala, e une
A voz do Oceano, à voz d’ave noturna.

Enquanto estás sobre a terra,
Como no exílio o proscrito,
Canta como ele, que o canto
Refrigera o peito aflito.

Canta, que os Anjos se alegram,
E os Anjos à terra descem,
A escutar esses hinos,
Que para Deus almas tecem.

Canta a todos os momentos,
Canta co’a noite, e co’o dia;
E o teu derradeiro expiro
Seja ainda uma harmonia.

Fonte bibliográfica:
De Suspiros Poéticos e Saudades, edição de Sousa da Silveira, págs. 17-27, conforme reproduzido em “Gonçalves de Magalhães – trechos escolhidos”. Por José Aderaldo Castello. Coleção Nossos Clássicos. Direção de Alceu Amoroso Lima, Roberto Alvim Correa, Jorge de Sena. Livraria Agir Editora, Rio de Janeiro, 1961.

sábado, 25 de junho de 2016

Dados Biográficos do escritor Gonçalves de Magalhães


1811 – 13 de agosto: Nasce no Rio de Janeiro Domingos José Gonçalves de Magalhães, filho de Pedro Gonçalves de Magalhães Chaves, de ilustre ascendência portuguesa, e de mãe brasileira.

1827 – Data da sua primeira composição poética, “Epístola a Marília”, de estilo arcádico.

1828 – Matricula-se no Colégio Médico- Cirúrgico, no Hospital da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. Por esta época dedica-se à leitura de Young, Harvey, Klopstock, Sousa Caldas e dos árcades portugueses. Convive com Francisco Sales Torres Homem; Antônio Félix Martins – Notônio; Manuel de Araujo Porto Alegre – Elmano, que teriam papel relevante na reforma romântica do Brasil.

1832 – Forma-se em Medicina e publica seu primeiro livro “Poesias”.

1833-1836 – Encontra-se na Europa. Em Paris volta ao convívio de Porto Alegre. Torres Homem e Debret. Frequenta o curso de filosofia de Jouffroy, no Colégio de França. Viaja para a Itália e de regresso a Paris assume as funções de adido de primeira classe à delegação brasileira, função da qual se afastará em 1836.

1836 – Viaja para a Bélgica e Waterloo lhe inspira o seu melhor poema “Napoleão em Waterloo” (influência de Manzoni). Novamente em Paris funda com Porto Alegre e Torres Homem a “Niterói – Revista Brasiliense”, com o propósito de promover a reforma romântica da literatura brasileira, e lança o seu segundo livro de poesia “Suspiros Poéticos e Saudades” – reconhecido pela crítica como inaugurador do Romantismo no Brasil.

1837 – De regresso ao Brasil, lidera a renovação de nossa literatura. Apoiado por João Caetano, promove um movimento em prol do teatro nacional e escreve a tragédia “Antonio José ou o Poeta e a Inquisição”.

1838 – Representação, pela Companhia de João Caetano, da tragédia “Antonio José ou o Poeta e a Inquisição”. Dedica-se ao ensino de filosofia (influências de Jouffroy e Victor Cousin); acompanha Caxias ao Maranhão na qualidade de secretário de governo.

1841 – Regressa ao Rio de Janeiro; retoma sua atividade de professor de Filosofia. Novamente com Caxias viaja para o Rio Grande do Sul.

1846 – É eleito deputado geral pela Província do Rio Grande do Sul.

1847 – Casa-se. É nomeado Cônsul-geral e Encarregado de Negócios, interino, no reino da Duas Sicílias.

1851 – é efetivado em seu cargo diplomático.

1854 – É transferido para a Sardenha, mas antes veio ao Brasil e leu ao Imperador Pedro II o poema épico “A Confederação dos Tamoios”.

1856 – Publicação de seu poema épico.

1857 – É removido para São Petersburgo.

1859 – Acha-se em Viena, então já promovido a ministro residente; aí permanece oito anos. Exerce funções diplomáticas nos Estados Unidos, em Buenos Aires e junto à Santa Sé, pelo que é agraciado com o título de Barão de Araguaia e depois Visconde de Araguaia, com grandeza.

1864-1876 – Lança suas “Obras Completas” (poesia, teatro, filosofia, ensaios)

1882 – 10 de julho: falece em Roma. 

Fonte bibliográfica: Gonçalves de Magalhães - trechos escolhidos. Por José Aderaldo Castello. Coleção Nossos Clássicos. Direção de Alceu Amoroso Lima, Roberto Alvim Correa e Jorge de Sena. Livraria Agir Editora, Rio de Janeiro, 1961.  

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Poesia de Raimundo Correia - parte 2



A Cavalgada     (De Sinfonias – 1882 – livro com Introdução de Machado de Assis)
  
A lua banha a solitária estrada...
Silêncio!... Mas além, confuso e brando,
O som longínquo vem se aproximando
Do galopar de estranha cavalgada.

São fidalgos que voltam da caçada;
Vêm alegres, vêm rindo, vêm cantando.
E as trompas a soar vão agitando
O remanso da noite embalsamada...

E o bosque estala, move-se, estremece...
Da cavalgada o estrépito que aumenta
Perde-se após no centro da montanha...

E o silêncio outra vez soturno desce...
E límpida, sem mácula, alvacenta
A lua a estrada solitária banha...

Fonte bibliográfica: Raimundo Correia - Poesia. Por Ledo Ivo. Coleção Nossos Clássicos. Direção de Alceu Amoroso Lima e Roberto Alvim Correa. Livraria Agir Editora, Rio de Janeiro, 1958. 

terça-feira, 7 de junho de 2016

Poesia de Raimundo Correia


(De “Sinfonias” – 1882 – livro com Introdução de Machado de Assis)

As Pombas

Vai-se a primeira pomba despertada...
Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas
De pombas vão-se dos pombais, apenas
Raia sanguínea e fresca a madrugada... (1)

E a tarde, quando a rígida nortada
Sopra, aos pombais de novo elas, serenas,
Ruflando as asas, sacudindo as penas,
Voltam todas em bando e em revoada...

Também dos corações onde abotoam,
Os sonhos, um por um, céleres voam,
Como voam as pombas dos pombais;

No azul da adolescência as asas soltam,
Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam,
E eles aos corações não voltam mais...


(1) Desse belíssimo verso se apropriou o poeta português Antonio Nobre, cujo “Dezesseis anos”, escrito em 1883, começa assim: “Raia sanguínea e fresca a madrugada clara”.


Fonte bibliográfica: Raimundo Correia – poesia. Por Ledo Ivo. Coleção Nossos Clássicos. Direção de Alceu Amoroso Lima e Roberto Alvim Correa. Livraria Agir Editora. Rio de Janeiro, 1958.

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Dados biográficos do escritor Raimundo Correia


1859 – 13 de maio: Nasce nas costas da Província do Maranhão, a bordo do navio brasileiro “S. Luís”, ali ancorado, Raimundo da Mota de Azevedo Correia, filho do Desembargador José da Mota Azevedo Correia e de Maria Clara Vieira da Mota, ambos maranhenses.
1872 – 26 de janeiro: Matricula-se no Imperial Colégio Pedro II, terminando ali seus preparatórios em 1876.
1878 – 25 de março: Em companhia de Silva Jardim, chega a São Paulo para matricular-se na Faculdade de Direito.
1879 – Sua estreia poética com “Primeiros Sonhos”.  
1881 – Colaboração, principalmente de versos humorísticos, em “A Comédia”, jornal no qual colaboram também Machado de Assis e Raul Pompeia.
1881 – Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais, deixa São Paulo.
1883 – Lançamento de “Sinfonias” (datado de 1882) com uma introdução de Machado de Assis. Nomeado promotor de Justiça em São João da Barra, na Província do Rio de Janeiro. Transferido para a promotoria de São João do Príncipe.
1884 – Juiz municipal na província fluminense. Em 21 de dezembro: casa-se com Mariana de Abreu Sodré (Dona Zinha).
1887 – Publicação de “Versos e Versões”.
1889 – Nomeado secretário da Presidência da Província do Rio de Janeiro. Advento da República. Nomeado Juiz de Direito em São Gonçalo do Sapucaí, sul de Minas.
1891 – Publicação de “Aleluias”.
1892 – Nomeado diretor da Secretaria de Finanças de Ouro Preto, então capital de Minas. Ali, torna-se professor da Faculdade de Direito.
1897 – Sócio fundador da Academia Brasileira de Letras, na qual vai ocupar a cadeira nº 5, tendo como patrono Bernardo Guimarães. Nomeado segundo secretário da Legação do Brasil em Lisboa, cujo ministro é seu velho amigo Assis Brasil.
1898 – Publicação, em Lisboa, das “Poesias”, com prefácio de Dom João da Câmara. Supressão do lugar de segundo secretário da Legação. Viagem de recreio pela Europa, durante quase um ano.
1899 – Juiz em disponibilidade, volta ao Brasil. Residência em Niterói. Vice-diretor e professor do Ginásio Fluminense, em Petrópolis.
1900 – Residência no Rio. Pretor da Segunda Vara.
1909 – Juiz Criminal.
1910 – Juiz no Cível.
1911 – Viagem à Europa para tratar de saúde. 13 de setembro: morre em Paris. Sepultado no Père Lachiase.
1920 – Transladação, pela Academia Brasileira de Letras, de seus restos mortais e dos de Guimarães Passos, também morto em Paris. 28 de dezembro: suas cinzas são depositadas no cemitério S. Francisco Xavier.
1924 – 14 de dezembro: morte de Dona Mariana Sodré, viúva do poeta.  

Fonte bibliográfica: Raimundo Correia – poesia. Por Ledo Ivo. Coleção Nossos Clássicos. Direção de Alceu Amoroso Lima e Roberto Alvim Correa. Livraria Agir Editora. Rio de Janeiro, 1958.