quinta-feira, 29 de março de 2012

Obra de Jorge de Lima

Fonte: Jorge de Lima - Poesia Completa, org. Alexei Bueno, Rio de Janeiro, Editora Aguilar S.A., 1997.

I.Poesia

XIV Alexandrinos. Rio de Janeiro: Artes Gráficas, 1914.
O mundo do menino impossível. Maceió: Casa Trigueiros, 1925.
Poemas. Maceió: Casa Trigueiros, 1927; 2ª ed., Maceió: Casa Trigueiros, 1928.
Essa negra Fulo. Maceió: Casa Trigueiros, 1928.
Novos poemas. Rio de Janeiro: Pimenta de Melo & Cia. 1929.
Tempo e eternidade. (Com Murilo Mendes) Porto Alegre: Livraria do Globo, 1935.
Quatro poemas negros. Cambuquira: edição do Jornal de Cambuquira, 1937.
A túnica inconsútil. Rio de Janeiro: Cooperativa Cultural Guanabara, 1938.
Poemas negros. Rio de Janeiro: edição da Revista Acadêmica, 1947.
Livro de Sonetos. Rio de Janeiro: Livros de Portugal, 1949.
Vinte Sonetos. (Antologia com ilustrações de Jorge de Lima) Rio de Janeiro: Editor V.P. Brumlik, 1949.
Obra poética (Sonetos, XIV Alexandrinos, Poemas, Novos poemas, Poemas escolhidos, Poemas negros, Tempo e eternidade, A túnica inconsútil, Anunciação e encontro de Miraceli, Livro de Sonetos). Rio de Janeiro: Editora Getúlio Costa, 1950.
Invenção de Orfeu. Rio de Janeiro: Livros de Portugal, 1952.
As ilhas. (Poema VI do Canto IV: “As aparições”, de Invenção de Orfeu.) Niterói: Edições Hipocampo, 1952.
Castro Alves – vidinha. (Edição de Luís Santa Cruz.) Rio de Janeiro: Artesanato Cristo Operário, 1952.
Essa negra Fulo. (Edição Comemorativa do XXV aniversário, por Luís Santa Cruz.) Rio de Janeiro: Artesanato Cristo Operário, 1953.
Poema do Cristão. (Edição de Luís Santa Cruz.) Rio de Janeiro: Artesanato Cristo Operário, 1953.
Antologia de sonetos. (Edição de Luís Santa Cruz) Rio de Janeiro: Artesanato Cristo Operário, 1953.
Jorge de Lima – poesia. (Estudo e antologia, por Luís Santa Cruz) Rio de Janeiro: Editora Agir, 1958. (Coleção “Nossos Clássicos”.)

II. Romance

Salomão e as mulheres. Rio de Janeiro: Paulo Pongetti & Cia, 1927.
O anjo. Rio de janeiro: Cruzeiro do Sul, 1934; 2ª ed. Rio de Janeiro: Editora Getúlio Costa, 1940.
Calunga. Porto Alegre: Livraria do Globo, 1935; 2ª ed. Rio de Janeiro: Alba Editora, 1943; 3ª ed. Rio de Janeiro: Editora Konfino, 1952.
A mulher obscura. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1939.
Guerra dentro do beco. Rio de Janeiro: Editora A Noite, 1950.

III. Ensaio

A comédia dos erros. Rio de Janeiro: Jacinto Ribeiro dos Santos – Editor, 1923.
Dois ensaios (Proust e Todos cantam a sua terra...). Maceió: Casa Ramalho, 1929; 2ªed, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1934.
Anchieta. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1934; 2ª ed., Rio de Janeiro: Empresa Editora A.B.C., 1937; 3ª ed., Stela Editora, 1944; 4ª ed., Rio de Janeiro, Editora Getúlio Costa, 1944.
Rassenbildung und rassenpolitik in Brasilien. Leipzig: Adolp Klein, 1934.
Biografia de Alexandre José de Melo Morais. (Separata dos Anais do Terceiro Congresso de História Nacional). Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1941.
D. Vital. Rio de Janeiro: Editora Agir, 1945.

IV. Teatro e Cinema

Essa negra Fulo. Teatralização por Chianca de Garcia, 10º quadro da super-revista Um milhão de mulheres. Rio de Janeiro: Teatro Carlos Gomes, 1947.
A filha da Mãe-D’água. (Inédito.)
As mãos. (Inédito.)
      Os retirantes. (Argumento inédito de um filme.)

      V. História e Biografia

      História da Terra e da humanidade. Rio de Janeiro: Editora A.B.C., 1937 (2ª ed.,   
      Epasa, 1944).
      Vida de São Francisco de Assis.(Para crianças) Rio de Janeiro: Zélio Valverde, 1942.
      Vida de Santo Antonio. Rio de Janeiro: Edições Ocidente, 1947.

      VI. Traduções

       Os judeus, de Jacques Maritain, Paul Claudel e outros. Rio de Janeiro: Livraria José  
       Olympio Editora, 1938; 2ª ed., Rio de Janeiro, Livraria José Olympio Editora, 1947.
       Morte, tua vitória onde está?, de Daniel Rops, Rio de Janeiro: Editora Getúlio Costa, 
       1940; 2ª ed. Epasa, 1944.
       Aventuras de Malasarte, tradução e adaptação de várias obras alemãs sobre o herói
       medieval Till Eulenspiegel, em colaboração com o seu irmão Mateus de Lima. Rio de
       Janeiro: Editora A Noite, 1942; 2ª ed. Rio de Janeiro: Editora A Noite, 1946.
       Sol de Satã, de Georges Bernanos. Rio de Janeiro: Editora Agir, 1947.
       Outras traduções de ensaios, artigos, contos, crônicas, poemas de vários autores.

        V. Outras publicações      

        Houve também publicações de suas conferências, traduções  de suas obras para outros idiomas e uma
        Antologia intitulada Os melhores contos de Portugal, de 1943.  



sábado, 17 de março de 2012

Jorge de Lima - segunda parte

(Fonte bibliográfica: Jorge de Lima – Poesia Completa. Organizado por Alexei Bueno. Editora Nova Aguilar S.A., Rio de Janeiro, 1997)
Os dados informados aqui e na primeira parte são apenas um estrito resumo, apenas para se ter alguma noção da importância do escritor.

Em 1931 tornou-se membro da Comissão de Literatura Infantil do Ministério da Educação.
Em 1932 publicou “Poemas Escolhidos”; em 1934, o romance “O Anjo” e a biografia “Anchieta”.
Em 1935 recebeu o Prêmio de Literatura da Fundação Graça Aranha. Nesse mesmo ano converteu-se ao Catolicismo e passou a adotar a temática cristã em suas obras.
Em 1936 recebeu o Prêmio de romance da “Revista Americana” de Buenos Aires.
Em 1937 tornou-se professor de Literatura Luso-Brasileira da Universidade do Distrito Federal.
Em 1938 publicou “A túnica inconsútil” e em 1939 o romance “A mulher obscura”. Neste mesmo ano houve a primeira edição espanhola de seus versos com prefácio de George Bernanos.
Em 1940 recebeu o Grande Prêmio de Poesia da ABL. Tornou-se professor de Literatura Brasileira na Universidade do Brasil.
Em 1942 publicou dois livros infantis. Em 1943, um álbum de fotomontagens.
Em 1947 – Poemas Negros – com ilustrações de Lasar Segall e prefácio de Gilberto Freire. Nesse mesmo ano foi eleito vereador pelo Distrito Federal pela UDN.
Em 1950 houve a publicação de “Obra Poética”, organizado por Otto Maria Carpeaux.
Continuou produzindo outras obras.
Em 1952 publicou “Invenção de Orfeu”, considerada sua mais importante obra, com ilustrações de Fayga Ostrower e estudos críticos de João Gaspar Simões, Euríalo Canabrava e Murilo Mendes. Nesse mesmo ano foi primeiro presidente da recém-fundada Sociedade Carioca de Escritores.
Faleceu em 15 de novembro de 1953.





quarta-feira, 14 de março de 2012

Dia Nacional da Poesia

Hoje 14 de março é Dia Nacional da Poesia por ser data do nascimento de Castro Alves.
Vamos aqui falar de um escritor poeta brasileiro pouco lido embora importante.

Jorge de Lima – primeira parte


Nome de praça, de rua e de avenida, paradoxalmente a essas homenagens Jorge de Lima não é um poeta muito conhecido.
Jorge de Lima (1893-1952) nasceu a 23 de abril na cidade de União, no Estado de Alagoas. Filho de senhor de engenho ele passou seus primeiros anos entre a casa-grande do engenho e um sobrado na praça da Matriz de sua cidade natal. Esse ambiente influenciou toda sua obra. Entre os 10 e os 15 anos publicou seus primeiros versos (que escrevia desde os 7 anos) e um romance no jornalzinho “O Corifeu”, que redigia.
Com 15 anos foi para Salvador e entrou na Faculdade de Medicina da Bahia.
Continuou escrevendo e aos 17 anos a divulgação de seu soneto “O acendedor de lampiões” tornou-o famoso nos meios literários.
Em 1911 mudou-se para o Rio de Janeiro onde continuou o curso médico, tendo se formado em 1914. 
Em 1915 voltou para Maceió para trabalhar como médico.
Em 1919 foi eleito deputado pela Assembléia Estadual de Alagoas.
Em 1921, por concurso, tornou-se professor catedrático da Escola Normal de Alagoas, na cadeira de História Natural e Higiene Escolar.
Até 1930 foi diretor do Liceu Alagoano e diretor geral da Instrução Pública.
Em 1925 casou-se com Ádila Alves de Lima de tradicional família gaúcha. Nessa época aderiu ao Modernismo, com versos livres e linguagem coloquial. Já era então conhecido como o Príncipe dos Poetas Alagoanos.
Em 1927 publicou algumas obras e fez concurso de Literatura Brasileira e Línguas Latinas no Ginásio do Estado, tornando-se professor catedrático. Sua tese foi “Dois ensaios”, que era um estudo sobre Marcel Proust e o Modernismo Brasileiro.
Em 1930, após perseguição política, mudou-se para o Rio de Janeiro, trabalhando como médico em consultório na Cinelândia, o qual foi um famoso ponto de encontro de intelectuais. 

domingo, 4 de março de 2012

Poesia pouco lida

Em 4 de Março de 2012, no jornal O Estado de São Paulo, em texto intitulado "Poesia é ouro sem valia", o poeta e escritor Ferreira Gullar comenta que às vezes um poeta jovem lhe pede ajuda para publicar seu livro. Gullar acentua então que isso é coisa de quem está "com a cabeça na lua" e, para consolar o esperançoso novato, cita poetas hoje consagrados que financiar, ou editar, ou até mesmo diagramar e imprimir seus próprios livros. Entre esses estão: Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de Melo Neto, Décio Vitório, Cláudia Ahimsa, poetas da Geração Mimeógrafo (cita Leminski e Chacal), e ele próprio, Ferreira Gullar. Ele refere que editou seu primeiro livro com a ajuda de sua mãe, o segundo livro pagou de seu próprio bolso, e só teve um primeiro livro de poemas lançado por uma editora 13 anos após sua própria estreia, assinalando que tal editora faliu em seguida. Cita então que só foi acolhido por uma editora importante 30 anos depois.
Assim, os "Escritores Pouco Lidos" têm uma confirmação de que são "um tanto sonhadores" em relação à difusão de sua produção literária. Por outro lado, sentem-se confortados por terem a companhia desses importantes escritores na saga de buscarem expor seus trabalhos. Mas há também o lado de certa "singularidade solitária" ao constatar um antigo desinteresse pela poesia no Brasil aliado ao também desinteresse em se divulgar e se criar uma "cultura da poesia" em nosso meio. Se "outras culturas" são fomentadas pelo marketing e pela mídia, a poesia também poderia ter algum reforço desse tipo.