1836 – 24 de novembro. Nasce José Duarte Ramalho Ortigão,
filho de Joaquim da Costa Ramalho Ortigão, na cidade do Porto, em Portugal,
onde recebeu a primeira educação, no ambiente familiar, tendo por mestres dois
tios, um militar, Manuel Caetano, e um frade, Frei José do Sacramento. Adolescente,
ingressa na Universidade de Coimbra, mas não termina o curso.
1855 – Inicia-se no magistério, como professor de francês, no
Colégio da Lapa, no Porto, de onde seu pai era diretor.
1859 – Inicia sua carreira de jornalista, no Porto, no “Jornal
do Porto”.
1865 – Toma partido na célebre “Questão Coimbrã”, adotando
posição conciliatória, onde seu desentendimento com Antero de Quental, do qual
resultou um duelo entre ambos.
1866 – Publica “Literatura de Hoje” (sua intervenção na
polêmica “Bom Senso e Bom Gosto).
1867 – Viagem a Paris por ocasião da Exposição Universal.
1868 – Publica suas notas de viagem: “Em Paris”. É nomeado Oficial
da Secretaria da Academia Real das Ciências e muda-se para Lisboa. Aí nesse
mesmo ano entra em contato com os homens da “Escola de Coimbra”, reunidos à
volta do Cenáculo: Eça de Queiroz, Batalha Reis, Oliveira Martins, Augusto
Soromenho, Antero de Quental, etc. , tornando-se, desde então, um dos espíritos
mais saudavelmente revolucionários da chamada “geração de 70”.
1871 – Inicia a publicação de “Farpa”, em colaboração com Eça
de Queiroz – crônica mensal de política, letras e costumes, cuja orientação
fica depois unicamente a seu cargo e segue até 1882. Nesse mesmo ano, tem
início também a publicação da novela em folhetins “Mistérios da Estrada de
Cintra”, escrita em colaboração com Eça.
1883 – Visita a Holanda.
1885 – Publica “A Holanda”.
1887 – Integra o Grupo dos “vencidos da vida”, ao lado de Eça
de Queiroz, Conde Arnoso, Carlos da Lima Mayer, Oliveira Martins, Guerra
Junqueiro, Luís Soveral, Carlos Lobo D’Ávila, Conde de Ficalho, Antônio Cândido
e Conde de Sabugosa. Nesse mesmo ano visita a Inglaterra e publica suas
impressões em “John Bull”.
1895 – Contratado como Bibliotecário da Biblioteca do Palácio
da Ajuda
1905 – Nomeado Bibliotecário na mesma Biblioteca.
1907 – Nomeado Vogal do Conselho Superior de Instrução
Pública.
1908 – Escreve artigo condenando o assassínio do rei D.
Carlos.
1910 – Com a Proclamação da República, Ramalho renuncia
imediatamente a todos os seus cargos oficiais.
1911/14 – Período em que escreve “As Últimas Farpas”.
1915 – No dia 27 de setembro falece Ramalho Ortigão, de uma
afecção cancerosa, sendo amortalhado no hábito de S. Bento e sepultado no
cemitério Oriental.
Fonte bibliográfica:
Ramalho Ortigão – Trechos Escolhidos. Por Nelly Novaes
Coelho. Da Coleção Nossos Clássicos, sob a direção de Alceu Amoroso Lima,
Roberto Alvim Corrêa e Jorge de Sena. Livraria Agir Editora, 1968.