1833 – Sousândrade – Joaquim de
Sousa Andrade nasce no Maranhão, na vila de Guimarães, comarca de Alcântara, na
fazenda paterna de “Nossa Senhora da Vitória”, às margens do rio Pericumã, no
dia 9 de Julho.
1853-1857 – Viaja pela Amazônia, onde registra observações
sobre o culto de Jurupari, que depois utilizaria no Canto II do poema “O Guesa”.
Percorre vários países da Europa, tornando-se conhecido nos círculos
brasileiros por suas ideias republicanas. Forma-se em Letras pela Sorbonne e
faz, em Paris, o curso de Engenharia de Minas. Visita Londres. É convidado a
retirar-se da Inglaterra por ter atacado, num artigo de imprensa, a rainha
Vitória. De volta ao Maranhão, casa-se. Do matrimonio resulta uma única filha,
Maria Bárbara.
1857 – Publica “Harpas Selvagens” no Rio de Janeiro.
1867-1868 – Fragmentos dos dois primeiros cantos de “O Guesa” são publicados no “Semanário Maranhense”, dirigido por Joaquim Serra.
1870 (?) – Separa-se da esposa. Viaja pelas repúblicas centro e sul-americanas.
1871 – Acompanhado da filha, fixa residência nos Estados Unidos. Mora em Manhattanville, a 7 milhas de New York, nas proximidades do Colégio “Sacred Heart”, onde educa a filha. Secretário e colaborador do periódico “O Novo Mundo”, publicado em New York, em língua portuguesa, e dirigido por José Carlos Rodrigues.
1874 – Imprime em New York o primeiro volume de suas “Obras Poéticas”.
1876 – Continua a edição das “Obras” (Cantos V a VII do “Guesa”).
1877 – Lança o último fascículo da edição nova-iorquina: o Canto VIII (X na edição definitiva), que tem como tema os Estados Unidos.
1884 (?) – edição londrina definitiva de “O Guesa”.
1889 – Novembro. De São Luís passa ao Marechal Deodoro da Fonseca um telegrama de saudação: “República proclamada. Paus D’Arco em flor”. No dia 30 promove um desfile em comemoração ao evento.
1890 – Candidato a Senador, renuncia para pacificar disputas eleitorais. Presidente da comissão incumbida do projeto de Constituição Maranhense. Idealizador da bandeira do Estado. No Liceu Maranhense rege a cadeira de Língua Grega. Ministra aulas ao ar livre, à maneira dos Peripatéticos, na sua “Quinta da Vitória”. Preocupa-se com a fundação de uma Universidade Popular.
1899 – Aparece pela última vez numa cerimônia pública, proferindo o discurso de saudação a Coelho Neto, então em visita ao Maranhão. Para manter-se, vende as pedras dos muros de sua arruinada “Quinta”: “Estou comendo as pedras de Vitória”. O governador Lopes de Leão tem que recorrer a medidas de segurança para impedir que os moleques apedrejem o poeta nas ruas de São Luís.
1902 – Os alunos vão encontrá-lo abandonado e gravemente enfermo na “Quinta da Vitória”. Transportado para o Hospital Português, falece em 21 de Abril. Os originais de suas últimas produções teriam sido utilizados como papel de embrulho.
Fonte bibliográfica:
Nossos Clássicos, publicados sob a direção de Alceu Amoroso Lima, Roberto Alvim
Correa, Jorge de Sena, edição “Sousândrade – poesia” por Haroldo e Augusto de
Campos. Livraria Agir Editora, Rio de Janeiro, 1966.
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