sábado, 16 de julho de 2016

Por que a mídia falada (rádio, tv, internet) não usa mais pronomes oblíquos?


     No rádio, na televisão, na internet é cada vez mais raro ouvir-se pronomes pessoais do caso oblíquo. Assim ouvimos, por exemplo, “pegar ele” e não “pegá-lo”, ou “levar ela” e não “levá-la”, e assim por diante. Com isso, a tendência é diminuir a complexidade da língua portuguesa e atrofiar os circuitos cerebrais envolvidos com linguagem verbal.
     A norma culta da língua portuguesa foi estabelecida com o passar do tempo por razões de lógica, de estética, de correção, de erudição, de conhecimento, de tradição, etc. Todos esses fatores implicam na complexidade do pensamento humano, do cérebro humano e sua capacidade de aprimorar, de detalhar, de se desenvolver, e o ser humano de maravilhar-se.
     Agora grassam reducionismos tais, de modo que quando uma autoridade pública usa uma “mesóclise” todos ficam muito admirados e se perguntam como lhe teria ocorrido tão difícil construção de palavras...  
     Admiremo-nos então do uso de pronomes oblíquos, das próclises, mesóclises e ênclises outrora comuns, agora rebuscadas. 

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