1749 – Nasce em Vila Rica, hoje Ouro Preto (havendo quem
dissesse que em São João Del-Rei), na capitania de Minas Gerais, o mestiço, de
ascendência humilde, Manuel Inácio da Silva Alvarenga, sendo-lhe pai o músico
Inácio da Silva Alvarenga.
1768 – Vem para o Rio de Janeiro, para estudos preparatórios.
1771 – Principia seus estudos superiores na Universidade de
Coimbra, onde entra em relações com Basílio da Gama, de quem se faz grande amigo
e em companhia de cujo irmão, o Padre Antônio Caetano de Vilas Boas, retornará
ao Brasil.
1774 – Publica “O Desertor”, em Coimbra.
1777 – Parte de Lisboa para o Brasil, onde, chegado no mesmo
ano, começa a exercer a advocacia.
1782 – Abre curso de poética e retórica, continuando a
exercer a advocacia.
1786 – Reabre-se a Sociedade Científica, com o nome de
Sociedade Literária; antes à Arcádia Ultramarina, com o nome arcádico de
Alcindo Palmireno, Silva Alvarenga se filiara.
1788 – Toma parte em sessão da Sociedade Literária, do Rio de
Janeiro, onde recita o poema didático “As Artes”.
1794 – Preso, acusado de conspirar contra o governo e a
religião, como fundador e principal membro da Sociedade Literária do Rio de
Janeiro, é submetido a nove inquirições no curto espaço de dois meses e dez
dias, passando dois anos e meio na cadeia.
1797 – É posto em liberdade, por ato de clemência de Dona
Maria I.
1799 – Circula a primeira edição de “Glaura”, impressa em
Lisboa, na Tipografia Nunesiana.
1801 – Circula, sem menção disso, a segunda edição de “Glaura”,
impressa na mesma cidade e pela mesma tipografia.
1808 – Depois de longo recesso de recolhimento, decorrente do
período passado na cadeia, retorna à colaboração em “O Patriota”, jornal de
Manuel Ferreira de Araújo Guimarães.
1814 – 1º de novembro: Morre no Rio de Janeiro, deixando um
único amigo sobrevivente dos infortúnios da prisão na pessoa de Mariano José
Pereira da Fonseca, mais tarde Marquês de Maricá. “Silva Alvarenga era de alta
estatura, de compleição forte e repleto sem ser obeso; seu semblante tinha
alguma coisa de carregado a que dava ainda mais gravidade a sua cor parda, e a
sua voz ressentia-se do sotaque brasileiro por nimiamente pausada, Era lhano e
complacente no trato familiar; gozou sempre de reputação de honrado e passava pelo
primeiro advogado de seu tempo, e como também instruído na matemática, na
música, no grego e no latim, no francês, italiano, inglês e espanhol. Morreu
solteiro e não deixou descendentes”.
Fonte bibliográfica: Silva Alvarenga – Poesia. Por Antônio
Houaiss. 2ª Edição. Coleção Nossos Clássicos. Direção de Alceu Amoroso Lima e
Roberto Alvim Corrêa. Livraria Agir Editora, Rio de Janeiro, 1968.
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