terça-feira, 24 de outubro de 2017

Dados biográficos do Escritor Basílio da Gama


1741 – 8 de abril – Nasce em São José do Rio das Mortes (depois chamada Tiradentes), Minas Gerais, José Basílio, filho de Manuel da Costa Vilas Boas, capitão-mor do Novo Descobrimento, e de uma neta de Leonel da Gama Belles, oficial que lutou na Colônia, e de quem o poeta adota o nome.

1757 – Órfão de pai, Basílio ingressa no Colégio dos Jesuítas, no Rio de Janeiro.

1759 – 3 de novembro – Já em fase de noviço entre os jesuítas, Basílio vê o Colégio ser fechado por Gomes Freire, vencedor da guerra contra as missões no Uruguai, na época em que o Marquês de Pombal se volta contra os jesuítas.  

1760 – Basílio não consta na lista dos expulsos do Colégio. Em janeiro o bispo havia ordenado aos noviços que se arrependessem dos votos religiosos feitos; Basílio resistiu a isso até o mês de março. Partiu para Roma para buscar apoio entre seus pares. A respeito do que fez lá e foi registrado nos arquivos da Companhia, pouco foi publicado. Seu poema Brasiliensis Aurifodinae levou-o à Arcádia Romana, pelo poeta Michel Giuseppe Morei.

1765 – Possivelmente já em Portugal, canta o 3º lustro do Governo.

1767 – fevereiro: No Rio, impressiona-o o lançamento da “Nau Serpente”, sobre a qual escreve poema.

1768 – 30 de junho – embarca, no Rio, para Coimbra. Em Lisboa, foi preso por acusação de apoiar os jesuítas. Liberta-se prometendo ir para Angola.

1769 – Para evitar o degredo, escreve “Epitalâmio” à filha de Pombal, louva o Ministro e ataca os jesuítas. Com isso, sobrevém-lhe a glória. Ele estrutura e publica um poema em que trabalhava desde Roma chamado “O Uraguai”.

1770 – Envia O Uraguai ao poeta italiano Metastasio, de quem depois se torna tradutor.

1771 – requer e obtém carta de fidalguia do governo português.

1774 – é nomeado oficial administrativo e secretário de Pombal.

1775 – É dos poetas brasileiros que cantam a estátua do rei de Portugal.

1776 – dedica ao Conde da Redinha (filho de Pombal) o poema “Os Campos Elísios”.

1777 – Morre o Rei, cai Pombal, Basílio é atacado. Ele defende o ex-ministro, satiriza os adversários, canta a aclamação de Dona Maria como rainha.

1780-86 – convive, imperturbável, com seus detratores (como Kaulen).

1788 – anônimo, escreve “Lenitivo da Saudade” em homenagem à morte de Dom José, príncipe do Brasil.

1790 – por estar longe do “Brasil, sua pátria”, pede que lhe seja permitido à Ordem de Santiago, em Lisboa, chamando-a de “Pátria comum”.

1791- canta a lealdade do africano Quitúbia, herói de seu povo.

1795 – 31 de julho – morre em Lisboa, já elelto para a Academia Real.


Fonte bibliográfica:
 “Basílio da Gama – O Uraguai”, por Mário Camarinha da Silva; 3ª  edição; da coleção “Nossos Clássicos”, publicados sob a direção de Alceu Amoroso Lima, Roberto Alvim Correa, Jorge de Sena. Livraria Agir Editora, Rio de Janeiro, 1976.

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