João Batista Ribeiro de Andrade Fernandes, mais conhecido
como João Ribeiro, nasceu em 1860 em Laranjeiras, Sergipe.
Em 1881 chegou ao Rio de Janeiro onde foi professor no
Colégio S. Pedro de Alcântara e no Colégio Alberto Brandão. Também trabalhou em
jornais abolicionistas e republicanos, como “O Globo” de Quintino Bocaiuva, “A
Gazeta da Tarde” de José do Patrocínio, “A Época” de Zeferino Cândido, “A
Semana” de Valentim Magalhães, “O Correio do Povo” de Sampaio Ferraz, “O País”
de Quintino Bocaiuva.
Em 15 de Janeiro de 1889 começou a ser publicada a “Revista
Sul Americana” do Centro Bibliográfico Brasileiro. Três sergipanos eram os seus
redatores: João Ribeiro, Silvio Romero e Felisbelo Freire, além da colaboração
de Araripe Junior. Nessa revista João Ribeiro publicou grande parte de suas
poesias, além de crítica, filologia e história.
Com a República em 15 de Novembro, um dos redatores da “Revista
Sul Americana” foi escolhido para ser o governador de Sergipe. Assim, a revista
suspendeu sua publicação. Aparentemente, João Ribeiro torna-se mais escritor e
menos político.
Nesse mesmo ano ele se casa e chega a ter 16 filhos.
Em 1890 foi nomeado Professor de História Universal no
Colégio Pedro II.
Em 1894 formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade
do Rio de Janeiro.
Viajou pela Europa em 1895, visitando Alemanha, Itália,
Inglaterra e França. Em Berlim cursou aulas de pintura com Prof. Wildebold
Winck. Nessa ocasião foi comissionado para estudar a instrução pública dos
países que percorria.
Em 1896 editou em Berlim, em português, a revista “O Novo
Mundo”.
Em 1898 foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, na
primeira vaga ocorrida na instituição, a de Luiz Guimarães Junior.
Em 1900 fez exposição de seus quadros no Rio de Janeiro.
Em 1901 viajou novamente à Europa. Na Itália teve aulas de
pintura com Prof. Bertezzago. Foi adido à Comissão de Limites, chefiada por
Joaquim Nabuco.
Em 1913 viajou à Europa e acabou fixando-se na Suíça.
Em 1927 foi eleito presidente da Academia Brasileira de
Letras, mas renunciou imediatamente ao cargo.
Em 13 de Abril de 1934 faleceu no Rio de Janeiro.
Na poesia João Ribeiro segue o movimento parnasiano. Embora bem
considerado, como poeta ele ficou bastante esquecido, talvez por depreciar-se a
si mesmo nesse aspecto. Em outros itens ficou mais conhecida e marcante sua produção
em filologia, história, ficção, crítica, folclore, ensaios. Dos seus 16
ensaios, 10 nunca foram publicados.
Bibliografia: João Ribeiro – trechos escolhidos. Coleção
Nossos Clássicos. Livraria Agir Editora, 1960, Rio de Janeiro.
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