De “Rondas
Noturnas” (1901)
Sonho
Da tua
branca e solitária Ermida,
Por caminhos
de Céu que a Lua esmalta –
Desces –
banhada dessa Luz cobalta –
O linho d’Asa
abrindo sobre a Vida.
Nada, teu
Passo calmo, sobressalta
E quando a
Mágoa as Almas intimida
Das Ilusões,
a turba renascida,
Em ronda
espalhas pela Noite alta.
E a
claridade que se faz é tanta
Que logo a
Terra fica cheia dessa
Sonora e
estranha Luz que alegra e canta.
E iluminada
de um Luar de Outono
A Alma feliz
e impávida, atravessa
A vasta e
longa escuridão do Sono.
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